Karmann Ghia Clube de Belo Horizonte, Brasil

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sábado, 9 de janeiro de 2010

Histórias do Karmann Ghia

Karmann Ghia - O Besouro de Fraque
por Eric Rodrigues



É interessante a história da Karmann Ghia. Fundada por Wilhelm Karmann, ela começa em 1874, em Osnabrück - na Alemanha - com o nome de Karmann. Logo ficou conhecida na Europa pelo cuidado com que seus artesãos trabalhavam madeiras raras para criar as mais belas carruagens. De repente, as carruagens foram parar em museus e os cavalos substituídos por motores. Com a mesma eficiência artesanal que criou a sua fama, a Karmann passou a fazer carrocerias para automóveis, tendo como seus primeiros clientes a Opel, a Benz e a belga Minerva.

Já em 1928, no salão de Berlim, a Karmann apresentou diversos modelos sobre chassis Mercedes-Benz, Hansa, Dixi, FN, Hansa-Lhoyd, Stower e Adler. A colaboração entre Adler e Karmann duraria vários anos e sustentaria a firma até 1948, quando a então Volkswagen ( já um início da gigante de hoje) comprou a Karmann e a delicada linha de montagem original.
Nesta época todas as grandes fábricas se concentravam no lançamento de modelos que refletissem os desejos dos consumidores, e a Volswagem não se comportou diferentemente. Ela criou para si uma imagem de construtora de carros baratos, duráveis, simples e feios ( Besouro e Kombi ), ao contrário das outras marcas que já mudavam essa imagem (a Ford com o Thunderbird e a GM com o Corvette), e havia a nessecidade de se usar a competente linha de montagem da Karmann, usada até então para produzir o Hebmüller, Karmann 4 lugares e o besouro conversível.

Quando Luis Segre, conhecido estilista do estúdio Ghia, de Turim, criou uma carroceria para a Volkswagen com linhas esportivas, um novo capítulo começou a ser escrito na história da Karmann. O desenho criado pelo "carrozziere" italiano não poderia ser moldado pelas prensas. Portanto, o novo carro não poderia ser fabricado em série. Foi aí que os artesãos da Karmann, uma indústria que não se parecia em nada com uma fábrica de automóveis, foram escolhidos pela VW. Com as mesmas linhas, atuais ainda hoje, a Europa conheceu o primeiro Karmann Ghia, em agosto de 1955: resistente como um VW e irresistível como um carro esportivo. Nem tão esportivo, pois, no seu lançamento ele usava o mesmo motor do besouro ( 36 h.p.) quem não era nenhum modelo de potência.

Entre 1955 e 1974 foram produzidos 445.238 carros, entre sedâ e conversível. em 1974 o Karmann Ghia foi substituido pelo Volkswagen Scirocco, deixando uma legião de fãs pelo mundo, notadamente nos EUA, onde se encontra uns dos maiores clubes da marca.


No Brasil a história do pequeno esportivo começa em 1962, quando a Volswagen, que só fabricava o Fusca e a Kombi no país, lançou o Karmann-Ghia. O carro possuia o motor 1200 cc (36 h.p.) que, como o europeu, não proporcionava grande desempenho. Só em 1967, o novo motor 1500cc (52 h.p.) foi disponibilizado para o KG, levando sua velocidade para 135 km/h, recebendo também melhorias na mecânica e freios.
Em 1969, a Volkswagem iniciou uma grande ofensiva no mercado, visando principalmente contra-atacar o novo lançamento da Ford, o Corcel, e adotou no Karmann Ghia o motor 1600 cc (58 h.p.) de dupla carburação, que aproximou ainda mais o carro de um verdadeiro "esportivo". A linha durou até 1972, quando já vinha sendo substituido por um novo modelo de "Karmann-Ghia brasileiro", o TC. O novo carro, entretanto, não logrou os mesmos louros de excelência de seu irmão mais velho, numa outra estória que contaremos futuramente.