Continuando...
"Entreguei o carro na oficina do meu amigo José Geraldo Pavão, o qual, na época, fazia pinturas de carros de corrida e de capacetes. O Sr. Geraldo, pai, havia trabalhado em uma concessionária Volkswagen e sabia tudo sobre funilaria em Karmann Ghia. O resultado foi que o “Seu Geraldo” acabou fazendo uma nova frente, baseado naquela esburacada e deu as formas no martelo mesmo, sem estanho! Tremendo artista!
Tiramos a carroceria do chassis, trocamos o assoalho e uma coisa que me intrigava era a cor do carro. Eu queria que ficasse igual ao do meu pai, mas não achava a cor que ainda guardava na lembrança. Um dia, comentando com um amigo (Gustavo Carvalho), ele me disse que conhecia uma pessoa que tinha feito uma restauração em um Karmann Ghia e que, pela minha descrição, deveria ser a cor que eu queria. Fomos então à casa do Ruy Tolosa que me mostrou a tinta que ele havia utilizado na sua restauração, uma vez que o Karmann Ghia 63 já não era mais dele. Era exatamente a cor que eu me lembrava. Emocionante!
A tapeçaria foi feita no Osny, com tecidos escolhidos pelo José Ricardo de Oliveira, meu amigão e que me ajudou muito na garimpagem de peças. O motor foi feito pelo Amadeu, sempre preservando os detalhes originais. Como eu uso o carro no dia a dia, optei por deixar a parte elétrica com 12 volts, ao invés dos 6 volts originais.
Comprei o carro no início de 2001 e o terminei em fins de 2006, a tempo de levar o meu pai para passear no carro que ele tanto gostara. Foi inesquecível, tal qual o primeiro dia que vi o Karmann Ghia."
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