Christian (Bino) Heins foi um piloto brasileiro de prestígio na Europa, muito próximo da equipe francesa Alpine, braço de competições da Renault. Como Vemag e a Simca já haviam montado suas equipes oficiais de corrida, e até a FNM já tinha ganho certa notoriedade com os feitos do JK em 1960 a 1962, Heins convenceu a direção da Willys a montar uma escuderia no país. Assim, decidiu-se lançar no Brasil um dos carros esporte da Alpine, que acabou sendo apropriadamente chamado de Interlagos. A Berlinetta já saiu ganhando tudo pela frente logo no seu ano de estréia em 1962.
Além de Christian Heins, falecido precocemente num acidente em Le Mans em 1963, defendendo as cores da Alpine, pouco a pouco a Willys foi montando uma equipe de pilotos de altíssimo nível: Luis Pereira Bueno, Rodolfo Costa, Wilson Fittipaldi Júnior, Marivaldo Fernandes, e finalmente Bird Clemente, que até então correra na equipe Vemag. Nos anos que se seguiram outros pilotos foram se juntaram à equipe, incluindo Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Carol Figueiredo, Francisco Lameirão, Luis Antonio Grecco e Luis Fernando Terra Smith.
EQUIPE WILLYS ( da esquerda para a direita) - Luis Pereira Bueno, Vitório Andreatta, Wilson Fittipaldi Jr., José Carlos Pace (Môco) e Francisco (Chico) Lameirão.
No início das suas atividades, geralmente os amarelinhos da Willys apareciam em grandes números, duas ou três berlinettas para os pilotos mais “senior”, e Gordinis/1093 para os demais. Em 62 e 63 a Willys basicamente ganhou por onde passou. Mais tarde, para combater o sucesso do Malzoni e dos emergentes
KG-Porsche, a Willys importou Alpines verdadeiros da Europa. Àquela altura, os irmãos Fittipaldi e Môco tinham se mudado para a equipe
KG Dacon, e sobraram na Willys, Luis Pereira Bueno, Carol Figueiredo, Luis Fernando Terra Smith e Bird Clemente. Durante sua existência, estes pequenos carrinhos ganharam corridas curtas e longas, em circuitos de rua, autódromos ou subidas de montanha. Os Gordinis (depois dos 1093) corriam com os nº 40, 41 e 42, as Berlinetas com os nº 12, 21 e 22 e as Alpines com os nº 46 e 47. Acima foto de um pega entre a berlineta de Bird Clemente e um KG Porsche.
Com a compra da Willys pela Ford em 1967 a equipe se transformou em Equipe Ford-Willys e posteriormente em Equipe Bino quando se produziu o Bino Mk II, com a mesma motorização Renault do seu antecessor, e que ganhou diversas provas em 1968, com Luis Pereira Bueno e Jose Carlos Pace e finalmente em 1970 com Luisinho e Lian Duarte.
Abaixo, foto com miniaturas de todos os bólidos que compuseram a equipe Willys, Ford-Willys e Bino ao longo de sua vida. Na fila de cima (esquerda para direita) - Renault Gordini, Renault R8 e Renault 4CV - o popularíssimo “Rabo Quente”. Na fila de baixo - Porsche 908, Bino Mark II, Willys Gávea F-3, Mark I, Berlinetta Alpine e Willys Interlagos.
Filme sobre Equipe Willys / Short movie about the Willys Racing Team
Fontes/Sources: